A espondilite anquilosante (EA) é uma doença incurável inflamatória crônica, que acomete as articulações do esqueleto axial (que compreende os ossos da cabeça, tórax e coluna), especialmente as da coluna e ombros, e também afeta as articulações dos quadris e joelhos. Além disso, podem ocorrer manifestações extra-articulares, tais como uveíte anterior aguda (UAA), insuficiência aórtica, distúrbios de condução cardíacos, fibrose de lobos pulmonares superiores, compressão nervosa ou neurite, nefropatia ou amiloidose renal secundária.
A (EA) envolve adultos jovens, com pico de incidência em homens dos 20 aos 30 anos, especialmente em portadores do antígeno HLA-B27, o que, no Brasil, representa cerca de 60% dos pacientes.
Tendo como sintomatologia dores na coluna que surgem de modo lento ou insidioso durante algumas semanas, associadas à rigidez matinal da coluna, que diminui de intensidade durante o dia. A dor persiste por mais de três meses, melhora com exercício e piora com repouso.
A evolução costuma ser ascendente, acometendo progressivamente a coluna dorsal e cervical, contribuindo para o desenvolvimento da “postura de esquiador”, caracterizada pela retificação da lordose lombar, acentuação da cifose dorsal e retificação das lordose cervical ( com projeção da cabeça para a frente).
Para a confirmação diagnóstica da EA, os critérios mais utilizados são os de Nova York modificados, que combinam critérios clínicos e radiográficos. Os critérios clínicos são:
1) Dor lombar de mais de três meses de duração que
melhora com o exercício e não é aliviada pelo repouso;
2)Limitação da coluna lombar nos planos frontal e sagital;
3)Expansibilidade torácica diminuída (corrigida para idade e
sexo).
Os critérios radiográficos são:
1) Sacroiliíte bilateral,grau 2, 3 ou 4;
2) Sacroiliíte unilateral, grau 3 ou 4. Para
o diagnóstico de EA é necessária a presença de um critério
clínico e um critério radiográfico.
O objetivo do tratamento para controle da espondilite anquilosante é aliviar os sintomas dolorosos e reduzir o risco de deformidades. Para tanto, pode-se recorrer ao uso de medicamentos, à fisioterapia e à cirurgia, se for necessário substituir a articulação do quadril.