Em 21 de setembro de 1994 foi instituído o Dia Mundial do Alzheimer pela Organização Mundial de Saúde (OMS), tem como objetivo promover a conscientização da população sobre a doença.
A doença de Alzheimer foi descrita em 1906 pelo psiquiatra e neuropatologista alemão Alois Alzheimer ao fazer uma autópsia, descobriu no cérebro do morto, lesões que ninguém nunca tinha visto antes. Tratava-se de um problema dentro dos neurônios (as células cerebrais), os quais apareciam atrofiados em vários lugares do cérebro, e cheios de placas estranhas e fibras retorcidas, enroscadas umas nas outras.
Segundo estimativas da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), a doença afeta cerca de 1,2 milhão de brasileiros, sendo principal causa de demência em pessoas com mais de 60 anos. A DA é uma doença progressiva e degenerativa, causando inexorável deterioração das funções cerebrais, como perda de memória e da linguagem, da razão, além de desorientação no tempo e no espaço, incapacidade de aprender novas informações e perda da habilidade de cuidar de si.
A sua fisiopatologia é caracterizada pela presença de placas senis, emaranhados neurofibrilares e atrofia cortical predominante no hipocampo, no lobo temporal medial e nas regiões frontoparietais. Uma das hipóteses seria uma falha no sistema colinérgico, advinda de diminuição na síntese de acetilcolina, associada à perda celular acentuada no núcleo basal de Meynert, promovendo perda acentuada das fibras colinérgicas, as quais têm ação moduladora na atividade dos neurônios do sistema límbico e do neocórtex relacionados com a memória. Entretanto, alguns pesquisadores propuseram uma hipótese alternativa, segundo a qual a DA pode ter etiologia devido a anomalias advindas de uma proteína conhecida como tau, associada à estabilização de microtúbulos, filamentos proteicos atuando como vias de transporte internas nos neurônios.
A avaliação médica deve compreender uma anamnese completa, teste mental, teste neurológico, hemograma, uroanálise, raio-x, eletroencefalograma, tomografia computadorizada e eletrocardiograma. Porém, a confirmação do diagnóstico da DA é apenas com exame de patologia do tecido cerebral na autopsia. A literatura pertinente demonstra que o tempo de vida é de 3 a 20 anos quando os sintomas se iniciam.
Por enquanto, não existe tratamento preventivo ou curativo para a DA. Existe uma série de medicamentos que ajudam a aliviar alguns sintomas, tais como agitação, ansiedade, depressão, confusão e insônia.
A fisioterapia é fundamental e deve ser realizada em todas as fases da DA, objetivando manter o indivíduo o mais ativo e o mais independente possível, seja no domicílio, seja em centros de reabilitação. As atividades terapêuticas propostas devem assegurar que o paciente permaneça seguro, independente e capaz de realizar atividades da vida diária e atividades da vida diária instrumental pelo máximo de tempo que for possível.